Dubrovnik é o balneário mais famoso e uma das cidades mais visitadas da Croácia, principalmente, pelos milhares de turistas que chegam em transatlânticos quase todos os dias, principalmente na alta estação. A Croácia recebe quase 800 navios por ano. O país tem estado no foco do turismo nos últimos anos e em quase todas as grandes edições sobre o assunto é citada, incluindo 2013, quando o país também foi considerado um dos mais bonitos do mundo. Toda essa propaganda fez com que os preços na cidade subissem muito. Com a entrada do país na União Europeia, em junho deste ano, a previsão é de que os custos subam ainda mais.
A cidade também é conhecida como a pérola do Adriático, jóia do Adriático e Atenas Eslava. São muitos os adjetivos que a enaltecem e todos eles merecidos, pois é uma das mais belas cidades medievais do mundo. Aliás, é nessa parte da Europa que se encontram as maiores e mais conservadas cidades medievais. Dubrovinik foi muito preservada graças a anos de esquecimento durante governos comunistas, de quando ainda fazia parte da ex Iugoslávia, e que fecharam o país para o mundo. Apesar da guerra da Bósnia/Croácia/Sérvia entre 1991 e 1992, quando a cidade ficou sob forte ataque dos sérvios, que lançaram mais de 2 mil bombas sob a cidade, ter causado muitos danos, hoje já não se percebe esses efeitos, que como o comunismo ficaram bem para trás.
É possível observar a beleza e o tamanho da cidade ainda de longe. A vista da nova rodovia que vai até a cidade é impressionante pelo contraste da cidade com a costa do Mar Adriático. Antes mesmo de entrar na cidade, já é visível o burburinho de turistas, com seus guias e ônibus. O centro fortificado da cidade tem 2 entradas, sendo a principal o Portão Pile (Gradska Vrata Pile) tem um movimento enorme de turistas nas 2 direções. Assim que conseguimos entrar no portão, a vista da principal rua (Stradun ou Placa), toda em mármore brilhante, é impressionante. O mesmo tipo de arquitetura pode ser visto em outras cidades medievais dessa parte da Europa, como Split, Kotor e Budva, mas aqui em Dubrovinik a dimensão é bem maior.
Em 1979 a parte murada da cidade foi declarada Património Mundial pela UNESCO. A imponência da fortaleza com mais de 1000 anos de história, a beleza arquitetônica e o alto nível de conservação, são de tirar o fôlego, imagine unir tudo isso na beira do Adriático! Não tinha como não ser um dos principais pontos turísticos da Europa.
“ Se querem ver o paraíso na terra, venham a Dubrovnik ”
— George Bernard Shaw, 1929,
Talvez a única queixa mesmo, seja a quantidade de turistas. São aos milhares, mas como ser egoísta e não dividir esse paraíso? Uma coisa boa nesse sentido é poder se hospedar dentro dos portões. No fim da tarde, quando a maioria dos turistas, que chegaram de navio parte em direção ao porto, a cidade vai esvaziando e permite até se arriscar numa foto com a paisagem quase intacta. No fim da noite a quantidade de turistas já é bem menor.
Atrações em Dubrovinik são muitas, tais como mosteiros, igrejas, prédios históricos, teatro, praia, restaurantes, bares, esportes marítimos, passeios de barcos e até balada à noite. Não deixe de fazer o passeio que sobre as muralhas que contorna toda a cidade. Caso possa, prefira o fim da tarde, quando está menos quente e os tons das construções de pedras e telhados alaranjados ficam realçados com pelo Sol – Guarde a bateria da máquina fotográfica!
No caso de quem não resiste a uma compra é bom saber que os preços são bem altos, mas do lado de fora das muralhas, alguns itens podem ser bem mais baratos. Em relação à praia, apesar da beleza da cor e transparência da água, eu preferiria dar prioridade à cidade. São muitas pedras...
No quesito hospedagem, o preço também é bem elevado e as melhores opções, geralmente, ficam fora da cidade murada. Como em toda Croácia, lá também existe uma oferta grande de quartos e apartamentos. No nosso caso, escolhemos um Studio que ficava bem central. O problema foi que para chegar tínhamos que subir dezenas e dezenas de degraus. Imagine fazer isso com malas? Cometemos o mesmo erro de olhar no mapa e esquecer que as cidades costeiras na Croácia e vizinhos, são geralmente a beira de montanhas. Apesar disso, poderíamos ter entrado pelo segundo portão da Cidade que fica na parte de cima e daí, seria só descer com as malas...fizemos o contrário e entramos pelo portão Pile que fica na parte de baixo. Caso decida ficar hospedado dentro da cidade murada, procure antes saber por qual portão é melhor você entrar, pois é só até lá que o táxi pode chegar. O resto é na força!
Hospedagem: Apartments Ivana
Antuninska, 18-Dubrovinik
(não se esqueça das escadas)
Se Eu Voltaria? tranquilamente, mas acho que da próxima vez vou preferir tentar fora da estação.
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