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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Romênia - Bucareste, Brasov - Transilvânia


Bucareste é maior cidade da Romênia. Comparando-a com outras cidades europeias, Bucareste é considerada relativamente nova, tendo o início de sua existência sendo registrado por volta do ano de 1450. Só foi transformada em capital em 1862. Atualmente tem quase 2 milhões de habitantes e é a sexta maior cidade europeia em população sem contar às cidades satélites.

É uma Europa muito mais pobre economicamente do que a ocidental, mas muito rica culturalmente e com um povo, muito alegre e solidário.

Antigamente foi conhecida como a Paris do Leste, talvez pelos amplos boulevares e largas avenidas. Hoje, porém podemos ver a influência da época comunista nas grandes construções acinzentadas, como o prédio do parlamento romeno que é o maior prédio da Europa e segundo do mundo, perdendo em tamanho apenas para o prédio do pentágono em Washington-DC. Hoje podemos ver também as construções modernas que buscam levar a cidade a uma Europa moderna.

A revolução de 1989, que derrubou o regime comunista e tirou o país da antiga União Soviética, ainda parece bem próxima, quando observamos os prédios governamentais, mas a recente entrada do país na União Europeia em 2005, já aparece em prédios modernos e até na forma de se vestir da população, com shoppings centers expondo marcas comuns de um mundo globalizado.

Chegando ao aeroporto de Bucareste é fácil notar a diferença para outras cidades europeias, não só pelo pequeno porte, mas pela quantidade de pessoas. A impressão que se tem é a de que estamos desembarcando em um aeroporto brasileiro. Talvez, influenciados pelo clima local, pela língua e pelas pessoas que se assemelham bastante ao biótipo brasileiro. O romeno é uma das línguas latinas, possuindo elementos comuns ao português, italiano, francês e espanhol. O jeito de falar lembra a dos italianos (falam com as mãos) e apesar de conseguirmos ler muitas coisas devido à semelhança como o português, não dá para entender o que falam.

Saindo do aeroporto a impressão não muda muito, são diversas pessoas oferecendo serviços de taxi, uma confusão. Em relação ao serviço de taxi, é bom que seja chamado por telefone por uma companhia local, pois o preço pode ser bem menor que os praticados localmente. Mais uma vez vale a pena pechinchar! Os taxis amarelos e pretos são muito pequenos e aparentam ser bem velhos. Soube que se tratava de uma marca de automóvel local (Dacia) que foi comprada pela Renault, mas que continua fazendo sucesso no país, talvez pelo baixo custo.

Embora muitos edifícios e distritos do centro histórico tenham sido danificados por guerras, e pelo regime comunista de Nicolae Ceausescu, além de terremotos, ainda existem ruas onde é possível observar a arquitetura neoclássica do final do século XIX. Algumas ruas, como a Lipscani, no Old Town, se parecem muito com as ruas do centro do Rio de janeiro, com pedras portuguesas e seus pequenos sobrados coloridos. O ambiente em algumas delas lembra o bairro da Lapa com muitas mesinhas nas ruas para comer, badalar ou somente observar as pessoas experimentando a cerveja local (URSUS). No sábado a tarde o local fica cheio e o clima é de descontração. O que, mais uma vez,  nos fez lembrar o Brasil. As mulheres romenas são bonitas e morenas como as brasileiras e homens possuem uma estatura mais baixa que a média do restante da Europa. Mas não era só o lugar, e a aparência das pessoas que nos fez lembrar o Brasil. O clima alegre, as performances de grupos e indivíduos também nos deixavam com a sensação de estar em casa. Depois da cerveja, fomos a um restaurante local chamado Caru’ Cu Bere (http://www.carucubere.ro/ro/homepage) que fica bem próximo a Rua Lipscani. É um restaurante bem típico com danças folclóricas e comidas típicas, apesar da quantidade de turistas no local, valeu a pena conhecer, pois é bem bonito e o ambiente bem alegre. Já em relação a comida, não era tão boa assim, talvez tenhamos escolhido os pratos errados, pois a comida da Romênia é considerada muito boa! O preço? Bem mais barato do que comer em um restaurante médio no Brasil.

No dia seguinte, planejamos passar o dia inteiro em uma visita ao Castelo do Drácula (Bran Castle) e a Brasov. Pegamos o trem rápido (existe alguns paradores) que sai de Bucareste diversas vezes ao dia, com destino a Brasov na Transilvânia, sendo que o primeiro parte às 6:30h. A viagem de trem leva em torno de 3 horas e passa por diversas cidadezinhas que ficam situadas entre os Cárpatos. A viagem foi muito tranquila e permitiu conhecer, mesmo de longe, um pouco do interior do país.

Chegando a Brasov, na saída da estação, diversas pessoas ofereciam tours particulares. Encontramos até um brasileiro fazendo esse trabalho. Preferimos fazer por conta própria.  Pegamos um ônibus (número 4) que nos levou até o Old Town de Brasov, que é uma cidade pequena, mas muito bonita. A arquitetura neoclássica ainda sobrevive e que atrai muitos turistas, principalmente os que procuram chegar ao Bran Castle (cidade Bran) e conhecer a Igreja Negra (Black Church), a maior em estilo gótico entre Viena e Istambul.

Depois de conhecer Brasov, pegamos o ônibus que parte do terminal 2, na estação de ônibus Bartolomeu, que fica bem próximo ao Old Town de Brasov. O ônibus leva diretamente ao Castelo, mas como é um ônibus de linha comum, vai parando pelo caminho, chegando ao destino em, aproximadamente, 40 minutos. Tem que pedir ao motorista para parar em frente à entrada do Castelo, pois caso contrário ele continua sem avisar! Nós só paramos porque estávamos vendo o castelo da janela e acabamos tendo que saltar no ponto seguinte, conosco saíram outros turistas, incluindo um brasileiro.  Antes de entrar (subir) no castelo, tem um mercadinho que vende souvenir local. A entrada do castelo para adultos é de aproximadamente USD 6,00 (20,00 novo Leu). O castelo não é lá essas coisas, pois na realidade foi reconstruído depois de um grande incêndio. O pior para mim foi ter que subir uma longa escada por dentro de um túnel estreito e escuro sem saber onde era o fim. Vale mais pela história!

Na volta pegamos o mesmo ônibus do lado inverso da rua onde paramos, porém chegando a Brasov, o ônibus parou em uma estação de ônibus diferente da que partimos. Saímos sem prestar muita atenção. Essa estação fica mais longe da estação de trem. Até a estação utilizamos um taxi, que não tem taxímetro e o preço tem que ser negociado com o motorista. Pagamos 5,00 euros sem brigar muito, pois queríamos voltar a Bucareste e aproveitar mais um pouquinho a noite. Chagando a Bucareste pegamos um metrô, que tem conexão dentro da própria estação ferroviária, para ir mais uma vez ao Old Town.

Em relação ao Hotel, desta vez não tenho recomendação. Ficamos em um Hotel Boutique bem confortável, com café da manhã excelente, mas não gostei da localização, o Wi-Fi não funcionava e nos trocaram de quarto sem aviso prévio.

(Se) eu voltaria? Sim, principalmente para conhecer outras cidades do país.


















3 comentários:

  1. Um ótimo blog,parabéns

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  2. Gostei bastante de suas informações! Úteis e econômicas!

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  3. Seu blog é muito bom, parabens
    Gosto muito de ler outras culturas em breve estarei numa dessas aventuras.

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