Turista do Mundo: Moscou

Moscou, capital da Rússia, é a maior cidade da Europa com mais de 10 milhões de habitantes. Está situada no centro da região conhecida como Rússia Européia, já que o País também faz parte da Ásia. A cidade possui um sistema de canais navegáveis que liga o Rio Moska ao Volga e ao Mar Negro e Báltico.

Chegamos a Moscou via trem rápido, vindos de São Petersburgo. A viagem é bem rápida e o trem é moderno e confortável. No caminho é possível observar áreas bem pobres, mas na sua maioria sem muitos habitantes. Apesar de ainda ser outono (outubro), em algumas partes do caminho já era possível ver grandes áreas cobertas pela neve. Quando chegamos a Moscou, apesar de ainda não ser noite, já estava escuro.

Mesmo tendo a era soviética ficado para trás há muitos anos, a chegada à cidade foi meio nostálgica, com lances típicos dos filmes de Hollywood. Havia uma enorme quantidade de militares trajados com sobretudo e chapéu de pelos bem típicos dos uniformes que vemos em filmes. A visão se completava com a neve que caia e com a música típica que tocava ao fundo. Tudo isso criava um clima muito legal.

O clima diminuiu logo que saímos da plataforma e entramos na estação. Uma enorme quantidade de gente andando para todos os lados. Não conseguíamos nos localizar, já que as placas de sinalização eram todas em cirílico e sem nenhuma tradução para o inglês. Como estávamos com malas grandes, resolvemos não arriscar a entrar no metrô no meio daquela multidão e resolvemos tentar utilizar um taxi. Foi outra confusão, pois a comunicação era muito difícil e depois de algum tempo apareceu um intérprete que nos levava de um lado para outro gritando com uns senhores que ficavam nas entradas, até que um deles parecer ter aceitado nossa oferta. Como costumo fazer, entreguei o nome do hotel e endereço em russo. Ele nos levou para trás da estação, em uma rua que estava bem escura e deserta. Colocou nossas malas em um carro que não tinha nenhuma identificação de que era um táxi. Não tinha mais como desistir ou voltar atrás. Além do mais não dava nem para questionar. No caminho foi fácil perceber o modo russo de dirigir, ou seja, no grito mesmo, aliás, eles costumam falar muito alto e gritando o que em algumas vezes nos impedem de saber se estão brigando ou não.

Depois de chegar ao hotel, resolvemos ficar por perto mesmo e deixar para acordar mais cedo no dia seguinte. Fomos procurar um lugar para comer por perto e mais uma vez percebemos a dificuldade de comunicação. Encontrar alguém que falasse inglês não é fácil. Entramos em uma loja de souvenirs e uma senhora muito simpática fez de tudo para nos atender. Ela falava conosco sem parar, como se estivéssemos entendendo tudo. Era fácil perceber como ela estava nervosa. A todo o momento ligava para alguém, quase que implorando para que a ajudasse. Depois que já tínhamos escolhidos alguns itens (camisetas, chapéu russo e bonequinhas russas), apareceu uma moça bem nova que falava um pouco de inglês. Só deu tempo de nos ajudar no desconto! Apesar do alto custo de vida na Rússia, as lembrancinhas não são tão caras.

No dia seguinte acordamos bem cedo e pegamos o metrô para ir até ao Kremlin. Esqueça a educação para comprar bilhetes, como já havíamos notado antes, os russos não respeitam fila e nem disfarçam. Bem, o metrô de Moscou, por si só, é uma atração e dá vontade de sair a cada parada para observar. A estação que leva a praça vermelha é uma das mais bonitas, com dezenas de estátuas de bronze de soldados, aliás, a guerra parece ter sido a inspiração da maioria da decoração das estações. É interessante ver como eles passam a mão em algumas partes dessas estátuas em busca de sorte. É só observar as partes mais brilhantes. O preço do metrô não é caro e em quase todas os pontos turísticos é fácil encontrar um estação próxima. Apesar da falta do inglês o metrô de Moscou é bem fácil de andar. Para evitar erros, decorávamos as 3 ou 4 primeiras letras da estação que queríamos chegar. No site oficial do site do metrô tem uma versão em inglês disponível.

Uma dos principais pontos turísticos da cidade é a Praça Vermelha. A sensação quando se chega, talvez seja semelhante a primeira visita a Torre Eiffel, ao Big Bem ou a Estátua da Liberdade. É impressionante e nos faz lembrar dos históricos desfiles bélicos da era comunista. Na mesma praça está o mausoléu de Lênin. Para entrar no mausoléu é preciso enfrentar uma fila, que mesmo no intenso frio, estava bem grande. Não se pode entrar com nenhum tipo de bolsa, mochila, máquinas de fotografia, filmar, etc. Do outro lado da rua existe um lugar que você pode deixar seus objetos, mas o lugar não passa muita segurança.

Ainda na praça vermelha encontra-se a Catedral de São Basílio, com quase 500 anos e é o cartão postal do País. Foi construída para celebrar a vitória de Ivan, o terrível, sobre os tártaros. É possível entrar na Catedral pagando uma pequena taxa. Por dentro não é tão imponente quanto por fora, mas ainda assim vale a pena.

Na outra lateral da praça fica um prédio do século XIX muito bonito, que hoje abriga o shopping center Gum, com lojas de grifes famosas. Bem perto também fica a rua Stoleshnikov lane, onde se encontra as grifes mais conhecidas do mundo, incluindo de carros.

Dando a volta na praça vermelha é possível visitar o Kremlin, onde fica a residência oficial do Presidente e centro do poder russo. É um lugar murado em forma de triângulo. É preciso pagar e passar em uma revista com detectores de metais. Dentro dos muros também se encontram igrejas e museus (Catedral de São Miguel Arcanjo (século 16), Catedral da Assunção (séculos 15 e 16); e Catedral da Anunciação (século 15), o Grande Palácio, ao lado da Catedral da Anunciação, que foi residência do czares construída entre 1838 e 1849; a Torre do Sino de Ivan e o Palácio do Arsenal - Armoury, onde está o mais antigo museu da capital, com acervo que mostra toda a riqueza acumulada pelos czares durante séculos.Vale a pena entrar e caminhar pelo complexo, de onde também se tem uma vista privilegiada do Rio Moskva.

O que fazer e visitar? a catedral de Cristo Salvador, teatro de ballet Bolshoi, a Rua Arbat, que é uma das mais antigas e famosas, onde é possível encontrar muitas lembrancinhas, passeio de barco pelo Rio Moska de 1:30h e o Mercado de Pulgas (Vernisazh), que funciona no Parque Ismaylovsky, aos sábados e domingos. Lá é possível encontrar de tudo, desde objetos e roupas típicas até antigüidades.

Um passeio fora de Moscou que indico muito é ir a Sergiev Posad, que é para igreja ortodoxa russa o Vaticano da igreja católica. A cidade faz parte do Golden Ring que é um dos passeios mais procurados do País. Fica a 1:40h de Moscou de trem (70km). São lindas as igrejas que fazem parte do centro religioso (lavra) e todo o centro pode ser visitado sem nenhum custo. O trem para Sergiev Posad sai da estação Yaroslavysky, que fica ao lado da estação de metro Komsomolskaua (uma das mais bonitas). O ticket custa 130 rublos. Li que existe um trem expresso, mas chegando a estação só tinha o parador (para em diversas cidades). O trem não é lá muito confortável, mas vale a pena para conhecer um pouco do dia a dia do russo. Aqui também encontramos muito problema com o idioma. Ninguém falava inglês na estação e para comprar o ticket e achar a portão foi engraçado, ou seja, na mímica! Leve bilhetes escritos em russo com o,que você vai precisar.

Para chegar ao Aeroporto Sheremetievo é possível utilizar metrô e trem. Nós acabamos atrasando e tivemos que ir de taxi. O preço do taxi, dependendo da quantidade de pessoas, pode ser vantajoso., mas o trânsito da cidade é bem intenso. O aeroporto é super moderno e bonito. É preciso passar pela revista de raio X e detectores de metais 2 vezes, uma na entrada do aeroporto e outra na entrada do embarque. Não é tanta segurança quanto se vê em Israel, mas bem mais rigorosa do que na maioria dos outros países.

Essa segurança toda não se restringe a aeroportos. E muito intimidante entrar até em shoppings centers, que tambem exigem revista por detectar de metais e claro, que como turistas as maquinas fotográficas, celulares, etc sempre tocam e dai você tem que mostrar mochila, mas o pior mesmo são as lojas, pois cada uma delas possui um segurança. Muito estranho...

Hotel: Best Western Vega - 71, Bldg. 3V Izmailovskoe Avenue - Moscow, 105613, RU - Tel: +7 4959560506 - Email: reserve@hotel-vega.ru. - De metrô, fica a apenas 15 minutos do centro de Moscou. A estação fica bem perto do hotel. São 6 estações até a praça vermelha e não precisa mudar de linha. É um hotel 4 estrelas enorme, com quase 1.000 quartos. Foi construído ao estilo soviético para as olimpíadas de 1980, mas agora faz parte de uma rede hoteleira americana.

Outro hotel que recomendo é o Veliy Moscou (booking.com), já que fica praticamente ao lado do kremilin, o que facilita muito.Dá para fazer quase tudo a pé em Moscou. O hotel esta novinho e bem confortável. Caso fique neste, nao deixe de ir ao restaurante típico ucraniano que fica ao lado. É muito legal. Músicas tipicas ao vivo, garçonetes e garçons vestidos tipicamente, além da decoração e da comida. Preço bom para Moscou.

(Se) voltaria? Sim, mas no verão pois dá para aproveitar mais a cidade, apesar do clima nostálgico que o inverno trás a cidade.

No Verão, certamente podemos aproveitar bem mais. As primeiras são do verão, em sequência são do início do inverno. Dá para perceber a diferença no clima.