São Petersburgo é a segunda maior cidade da Rússia. Está localizada às margens do Rio Neva, na entrada do Golfo da Finlândia no Mar Báltico. Foi a capital do império Russo por mais de 200 anos e só deixou de ser capital após a Revolução Russa de 1917, quando Moscou assumiu o posto. Apesar de ter deixado de ser a capital do país, ainda é considerada tão importante quanto Moscou e a capital cultural do país. Hoje tem, aproximadamente, 4,5 milhões de habitantes.
Chegamos à cidade pelo Porto, vindos da Finlândia. O navio aportou na Cidade bem cedo e a fila da imigração, além de grande era bem desorganizada, com diversos russos ainda com uma garrafa de vodca na mão. A impressão que tivemos é que eles aproveitam o fim de semana e viajam até Helsinque para na volta poder fazer compras de bebidas que acabam rapidamente na loja do navio. Não é difícil de entender a grande procura pelos itens disponíveis no free shopping do navio, depois de ver os preços na cidade. A Rússia é um dos destinos mais caros da Europa e mesmo São Petersburgo tendo preços mais acessíveis que em Moscou, ainda assim é muito caro para os padrões brasileiros. Apesar disso, não tem como deixar de aproveitar os cafés e restaurantes da cidade. Compras? Somente lembrancinhas das famosas bonecas russas. Caviar é vendido até nas filas dos museus e pontos turísticos.
A forma mais fácil de conhecer a cidade é atravessando todo seu comprimento pela Avenida ProspeKt Nevsky, que é a principal da Cidade. Nosso hotel ficava em uma das pontas dessa avenida e de lá caminhávamos bastante até a outra ponta onde fica o famoso museu Hermitage, facilitando muito nosso roteiro.
Nós fomos em outubro e o frio já era insuportável, aliás nunca passei tanto frio quanto na fila de entrada do museu. Nem mesmo um casaco especial, que já tinha enfrentado muita neve, e mais um monte de camisas térmicas diminuíram a sensação de frio. Dizem que a cidade é muito mais bonita quando está coberta de neve, quando a temperatura pode chegar a 35 graus negativos. Tem que ter coragem, mas realmente deve ser uma experiência bem diferente. Nessa época eles já usavam os famosos chapéus russos de pelos, mas nada cafona ou ultrapassado, pelo contrário. Na cidade é possível encontrar lojas dos estilistas mais famosos do mundo.
Ouvi e li muito falar sobre os batedores de carteiras, principalmente nas estações do metrô, mas não tivemos problemas. Também continua a indicação de não beber água da torneira. Já em relação ao uso do inglês, não espere muito que os russos tentam te entender e, nesse sentido, a comunicação acaba ficando prejudicada. Precisamos comprar passagens no trem rápido para Moscou. Na estação de trem, falamos com diversos atendentes nos guichês sem conseguir nos comunicar. A paciência e boa vontade foi pouca e tivemos que voltar no hotel e pedir para que a atendente escrevesse em russo nosso desejo. Na volta a estação de trem, demos mais sorte e acabamos sendo atendidos por uma moça que falava um pouco de inglês.
A hospedagem na Rússia também é muito cara. Acabamos escolhendo um hotel que ficava na rua principal e era muito bem recomendado. O hotel fica em um andar superior de um prédio e a gente já sabia que tinha que chamar no interfone, mas depois da porta aberta nos olhamos e quase fechamos e voltamos. O lugar era muito estranho, empoeirado, escuro. Bateu até medo, mas como não tínhamos mais o que fazer, subimos. Era um hotel muito diferente, mas o quarto era excelente, amplo, limpo, banheiro grande, tudo novinho e internet funcionando bem. O café da manhã era entregue no quarto em uma bandeja. Simples, mas serviu ao propósito, afinal as lojinhas de doce da cidade são fantásticas. A primeira recepcionista falava bem inglês e nos deu bastantes dicas, mas quando houve a troca de turno, a outra não falava nenhuma palavra em inglês ou qualquer outra língua. Eu precisei fazer uma ligação e entrava uma gravação em russo, que eu não entendia nada! Até ela entender o que eu queria falar demorou, mas no fim foi até engraçado.
Não deixe de caminhar pela Nevsk Prospekt, conhecer as catedrais de São Isaac e Kazan, a Igreja de São Salvador sobre o Sangue Derramado, que é um dos cartões postais da cidade e ir ao Teatro para assistir o balé russo que surgiu na cidade.
O museu Hermitage é uma visita obrigatória. O enorme prédio verde, branco e dourado já impressiona por fora. O antigo palácio de inverno dos czares russos acabou sendo transformado no maior e em um dos mais importantes museus dos mundo. Além da belíssima coleção de arte que inclui obras dos mais importantes pintores de todos os tempos, a arquitetura, o ouro usado na decoração, além dos lustres de cristais e dos diversos mármores nos pisos e paredes, já deixam o visitante boquiaberto. Reserve um ou mais dias se quiser conhecer mais o museu. Em um dia você consegue ver bastante coisa, mas nem de perto tudo que há para ser visto.
(Se) Voltaria? Sim. Para ficar mais dias. Acho que a cidade precisa de mais tempo! Uns 5 dias. Fui embora achando que faltou ver mais!
Hotel: Nevsky Bereg, 122 – Nevsky Prospekt – São Petersburgo (Booking.com)
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